A luta contra a privatização dos bancos públicos foi pauta de uma Audiência Pública realizada, na última sexta-feira (11), no auditório do Sindicato dos Bancários do Maranhão. Compondo a mesa do debate, o vereador Honorato Fernandes (PT) destacou as principais frentes de luta necessárias para combater o processo de desestatização dos bancos e a importância de conscientizar a população acerca dos impactos desse processo.
Dentre as frentes de luta destacadas pelo petista como necessárias para combater o projeto de privatização dos bancos públicos está o campo parlamentar, que se estende, desde o Congresso Nacional, às Assembleias Legislativas, até às Câmaras Municipais.
“Um campo de batalha extremamente importante pra nós é o Parlamento, tanto no Congresso Nacional, como nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. Precisamos da articulação conjunta dos deputados federais e estaduais e dos vereadores que atuam em defesa da nossa soberania e dos nossos patrimônios, como os bancos públicos”, destacou.
Outra frente de luta destacada por Honorato está nos movimentos sociais e sindicais, os quais, segundo ele, atualmente sofrem um processo de desarticulação com suas bases, fruto de uma narrativa de ataque que vem sendo construída pela direita e pelo governo Bolsonaro.
“Nosso outro campo de batalha é dentro dos movimentos sociais e sindicais. Precisamos ter capacidade de mobilizar efetivamente as bases existentes, hoje, desestimuladas e desarticuladas, muito por conta dos discursos do governo vigente, que ataca os sindicatos, os movimentos sociais, desmontando as nossas estruturas de luta.
Impactos – Destacadas as frentes de atuação, o vereador frisou a necessidade de cada frente esclarecer a população sobre os impactos da privatização, como por exemplo, como o projeto de privatização pode afetar quem é assistido por políticas sociais, como o Bolsa Família e quem precisa de financiamento na área habitacional, haja vista a disponibilidade, nos bancos públicos, de linhas de crédito mais acessíveis.
“Precisamos esclarecer aquelas pessoas que recebem o bolsa famílias e as que são beneficiadas pelo Minha Casa Minha Vida, por exemplo, como a privatização dos bancos públicos irá afetar a concessão desses benefícios. Para que elas entendam que tais benefícios são adquiridos por elas muito por conta de uma linha de atuação dos bancos públicos voltada para o social. Atuação social esta, que precisamos esclarecer que não existirá mais, caso os bancos públicos sejam privatizados”, explicou Honorato.