O vereador Pavão Filho (PDT) apresentou, na Câmara Municipal de São Luís, projeto de resolução legislativa n° 017/2019, requerendo a criação de uma comissão especial para acompanhar os trabalhos, sobre a situação dos alagamentos e desabamentos e quais as providências que estão sendo tomadas, visando dar apoio às famílias afetadas, residentes nas áreas de riscos no Sacavém, Salina do Sacavém, Túnel do Sacavém, Quintas do Machado, Sá Viana, João de Deus e Anil.
A iniciativa do vereador Pavão Filho é uma antecipação ao período chuvoso, que se aproxima, na capital, levando em conta as chuvas que caíram na cidade no começo deste ano.
De acordo com o projeto, a comissão será composta por cinco membros, para, em 180 dias, acompanhar trabalhos junto à Vara de Interesses Difusos, Ministério Público, Defensoria Pública, Secretarias Municipais, Secretarias Estaduais e demais órgãos envolvidos, podendo solicitar quaisquer documentos ou laudos junto a estes, que, por sua vez, deverão responder em um prazo de quinze dias, a partir da data da notificação.
Assim, o parlamentar pretende retirar os entraves burocráticos que possam retardar o atendimento da população, caso esta necessite de assistência, como previsto no plano emergencial da Prefeitura, já debatido em plenário.
“A emergência é algo que foge à regra. Como se trata de uma questão de índice pluviométrico surpreendente, há dificuldade em fazer planejamentos em cima da hora. Por isso, estamos nos antecipando, para não sermos pegos desprevenidos”, comentou Pavão Filho.
Chuvas de Março – É normal chover muito em março, não só em São Luís, como em todo o litoral maranhense. Na escala anual, esse mês tem o maior volume médio de precipitação, de acordo com cálculo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Em 2019, não foi diferente. Choveu mais do que a média, em janeiro e fevereiro. Mas em março, pela medição do INMET, foram acumulados 715,8 mm em 29 dias, 55% acima da média normal para o mês, que é de 462,1mm. Quantidade de água muito elevada e que não acontece com freqüência nem nas áreas mais chuvosas do Brasil.
Como consequência, a Defesa Civil recebeu 15 ocorrências de deslizamento de áreas; 10 ocorrências de inundações; além de quedas de árvores na Cohama, Centro, Africanos, Coroadinho e Cohatrac. No Centro Histórico, houve desabamento de casarões e, na Praça Pedro II, o reboco da parede de um imóvel tombado se desfez.
Os dois bairros mais atingidos, na época, foram o Sacavém e o Sá Viana, de onde foram retiradas 85 e 25 famílias, respectivamente.
O plano de contingência da Prefeitura de São Luís, conta com aluguel social emergencial e distribuição de cestas básicas às famílias desabrigadas.