As primeiras experiências na formação de três blocos parlamentares na Câmara de São Luís, nesta nova legislatura, têm demonstrado que houve um aumento substancial na dinâmica das discussões políticas. De forma inédita, os 31 vereadores da capital maranhense resolveram criar grupos semelhantes aos que já existem na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do Maranhão, guardadas as devidas proporções em plenário.
O maior bloco parlamentar na Casa, contempla 15 vereadores e é intitulado de “Bloco São Luís Não Pode Parar”. É formado por: Octávio Soeiro (Podemos), Raimundo Penha (PDT), Karla Sarney (PSD), Osmar Filho (PDT), Marcial Lima (Podemos), Nato Junior (PDT), Silvana Noely (PTB), Domingos Paz (Podemos), Álvaro Pires (PMN), Thyago Freitas (DC), Francisco Chaguinhas (Podemos), Dr Gutemberg Araújo (PSC), Marcos Castro (PMN), Ribeiro Neto (PMN) e Edson Gaguinho (DEM).
Este bloco tem a função expressa de garantir sustentação e servir de base nas discussões que favoreçam a articulação política do prefeito Eduardo Braide (Podemos), junto ao parlamento municipal. Segundo o líder do governo na Casa, vereador Marcial Lima, é importante que a Câmara de São Luís adote esse novo sistema, que é inédito no Legislativo Municipal.
“A formação dos blocos representa uma coletividade. O vereador, quando atua em blocos, assim como é na Câmara Federal e em muitas Assembleias Legislativas pelo país, ele passa a ter uma representatividade além do caráter individual. Por meio de blocos, a população consegue ter uma representatividade bem maior na Casa, para reivindicar suas demandas. Com isso, o vereador nunca estará sozinho e sempre em prol da coletividade”, declarou.
Marcial destacou que, quando um parlamentar vai em uma comunidade, ele pode ir em bloco e até convidar os demais blocos parlamentares para se fazerem presentes. “Entendo que essa harmonia é interessante, dentro do Poder Legislativo. Essa interação e congregação, são importantíssimas para o parlamento. Acredito que a Câmara sempre deve dar exemplo, assim como ocorreu na implementação das emendas impositivas, que chegaram a ser discutidas e aprovadas por esta Casa”, ressaltou o líder do governo municipal.
Outro bloco que se coloca com o papel de independência, mas sem perder a relação harmoniosa com o Executivo, é o “Bloco Todos Por São Luís”, que tem a proposta de votar aquilo que for melhor para o desenvolvimento da cidade. Esta ala é formada pelos vereadores: Aldir Junior e Daniel Oliveira (ambos do PL), Chico Carvalho (PSL), João Batista Matos (Patriota), Antônio Garcez (PTC) e Rosana da Saúde (Republicanos).
Para a vereadora de primeiro mandato, Silvana Noely (PTB), apesar da formação de blocos, ela acredita que não há uma divisão no parlamento. “A minha leitura é que estamos somando forças e ideias, para que possamos juntos, lutar por uma São Luís melhor para todos. Acho fundamental termos posicionamentos unificados, ou seja, com o mesmo propósito”, disse.
Silvana, que integra o bloco “São Luís Não Pode Parar”, argumenta que os vereadores do grupo estão sempre em busca de um diálogo. “Entendemos que, dessa forma, poderemos chegar a um consenso, onde os resultados sejam positivos em prol de nossa cidade”, enfatizou a parlamentar petebista.
Outro grupo, que também defende a independência e a harmonia entre os Poderes, é o “Bloco Unidos Por São Luís”, constituído pelos vereadores: Marquinhos Silva (DEM), Beto Castro (Avante), Paulo Victor (PCdoB), Andrey Monteiro (Republicanos), Concita Pinto (PCdoB), Marlon Botão (PSB), Umbelino Junior (PRTN), Astro de Ogum (PCdoB), Coletivo Nós (PT) e Fátima Araújo (PCdoB).
Apesar de não haver base legal no Regimento Interno da Câmara de São Luís, os parlamentares acreditam que a experiência inédita no Legislativo da capital, veio para ficar. Para o vereador Beto Castro, a ideia é extremamente importante e dará não só mais dinâmica à Casa, mas, também força política junto ao Executivo. “Essa formação de blocos parlamentares vem em boa hora e, com certeza, dará uma dinâmica maior para o parlamento municipal de nossa cidade”, garantiu o parlamentar.