O parlamentar disse, durante o seu discurso na tribuna, que o STF quer intimidar qualquer pessoa que se manifeste contra os ministros da Corte
Na sessão ordinária desta terça-feira (24), o vereador Marquinhos (DEM) usou o pequeno expediente para criticar as ações do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o democrata, o STF quer calar a boca do presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), e intimidar qualquer pessoa que se manifeste contra os ministros da Suprema Corte
“A grande maioria dos ministros do STF não têm moral, não têm vergonha e não têm posicionamento para discutir com qualquer cidadão de bem desse país. Alguns ministros estão rasgando a Constituição Federal, querendo impor ao povo brasileiro os seus desejos e a sua vaidade”, disse o parlamentar.
No último dia 20, o presidente da república apresentou um pedido ao Senado Federal solicitando a destituição do ministro Alexandre de Moraes da condição de ministro do Supremo Tribunal Federal e a sua inabilitação para exercício de função pública durante oito anos. Na ocasião, o vereador informou que apoia totalmente o pedido de impeachment.
“Quero deixar registrado que concordo com o pedido de impeachment daquele ministro, que está ali para calar a voz de uma nação. Quem teve o respaldo popular de um país foi Jair Bolsonaro, não foi nenhum ministro. Supremo vai ser o povo na rua daqui pra frente, supremo vai ser o povo dia 7 de setembro se manifestando, dizendo que não concorda com o descaso, o desrespeito e a brutalidade do STF com a nossa nação”, disse Marquinhos.
Entenda a polêmica
Nos últimos meses a crise institucional entre os poderes vêm aumentando. O presidente da república alega que existe uma interferência do STF nos demais poderes. Enquanto isso, alguns ministros do supremo, incluindo Alexandre de Moraes, argumentam que Jair Bolsonaro, por diversas vezes, praticou atos antidemocráticos.
A tensão aumentou após o STF autorizar investigações contra Bolsonaro no inquérito das fake news. O relator do inquérito, Alexandre de Moraes, decidiu incluir o presidente na investigação a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).