Alerta foi feito por meio de uma carta aberta escrita pelo MST que expõe a situação atual da Floresta Amazônica
O co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), utilizou a tribuna da Câmara Municipal durante a sessão ordinária híbrida de hoje (15) para ler a “Carta Aberta do Bioma Amazônica”, encaminhada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O documento foi escrito em virtude do Dia da Amazônia (05 de setembro) com o objetivo de apresentar denúncias acerca dos principais problemas do bioma amazônico e publicizar ações do plano nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, de iniciativa do MST.
O documento trouxe que a Amazônia é formada por distintos ecossistemas, porém, segundo o Fundo das Florestas Naturais, a estimativa oficial é que aproximadamente 18% da Amazônia brasileira já tenha sido desmatada.
Problemas – Ao ler a Carta Aberta, o co-vereador destacou quais são os principais problemas ambientais enfrentados pela Amazônia e as consequências deles. “O desmatamento, as queimadas, a garimpagem, a mineração, a pecuária e a biopirataria representam os principais problemas ambientais enfrentados pelo bioma amazônico. O conjunto formado por essas ações devastadoras é responsável por graves mudanças climáticas em todo o nosso planeta, como aquecimento global e a redução dos ciclos das chuvas, provocando desequilíbrio nos ecossistemas e surgimento de nossas pandemias”, explicou Jhonatan Soares.
Ainda em seu discurso, o co-vereador Jhonatan Soares fez críticas ao Governo Federal, em virtude das posturas adotadas na área de Meio Ambiente. “Quando temos um Governo Federal que abre a porteira da Amazônia e das nossas florestas para o desmatamento, para legalizar o que é ilegal, quando vemos o que está acontecendo com nossos povos indígenas e com as áreas demarcadas no país, quando vemos secretário do Ministério do Meio Ambiente a favor do desmatamento e contra quem cuida da nossa população, quando temos governo que desmantela os órgãos federais que deveriam cuidar, monitorar e cercear para que pudéssemos cuidar da nossa Amazônia, das nossas florestas, dos nossos povos originários, da população que vive da agricultura familiar, do plantio, temos esses números. Esses números são graças a esse desgoverno que não cuida da nossa população e não cuida das nossas florestas”, assinalou.
A carta aberta do MST trouxe ainda que, em julho deste ano, foram desmatados mais de 2 mil quilômetros quadrados de floresta, o que corresponde a uma área maior que a capital de São Paulo.
“O ataque à Floresta Amazônica e aos bens naturais não se restringem ao desmatamento, mas também à expansão da pecuária, das empresas de mineração e de hidroelétricas. São ações do capital que afetam e impactam diretamente o bioma e consequentemente a vida das populações indígenas, camponesas, quilombolas, ribeirinhas, bem como as populações urbanas”, explicou o co-vereador por meio da leitura do documento.
Ao finalizar o discurso, co-vereador disse que, em nome do Coletivo Nós, esteve na tribuna para dar voz à sociedade. “O Coletivo Nós veio dar voz à Carta do MST, que é o maior movimento popular do nosso país e da América Latina e que tem sede no Maranhão. Que todos nós possamos nos imbuir nessa luta, até porque nosso Maranhão também faz parte da Amazônia Legal e tem uma parte dessa floresta que é tão importante para a nossa população”, ressaltou Jhonatan Soares.