Casa de Nagô é considerada uma das maiores referências de culto afro de matriz africana.
Na sessão ordinária do último dia 24 de outubro, o Coletivo Nós (PT) solicitou ao Governo do Estado, por meio de indicação, que seja realizada reforma da centenária Casa de Nagô, localizada na Rua das Crioulas, no Centro de São Luís.
O co-vereador Jhonatan Soares explica que a solicitação partiu de uma demanda da própria comunidade de zeladores, filhos e filhas da Casa. “Além disso, o Coletivo Nós entende a importância da restauração da Casa Nagô por sua enorme relevância na preservação da cultura popular e da memória da religião de matriz africana em nosso estado”, destaca.
O parlamentar pontuou que a estrutura física da Casa Nagô está muito deteriorada, com infiltrações e rachaduras que põem em risco a segurança dos usuários do espaço.
“A última reforma já faz muito tempo. Por isso, precisamos cuidar para que esse patrimônio histórico estadual seja preservado, para que mantenhamos viva a nossa história e memória”, justifica.
Casa de Nagô
Fundada em meados do Século XIX, a Casa de Nagô é considerada uma das maiores referências de culto afro de matriz africana.
O espaço se dedica ao culto dos orixás nagôs, como Logunedé, Afrequetê, Ieuá, Obaluaiê, Nanã, Ogum, Xangô, Iemanjá, Orixalá e Iansã e das entidades (espíritos de europeus, chamados de Gentis e de indígenas nativos do Brasil, chamados de caboclos) como Dom Luís, o Rei de França, Dom João, Dom Floriano, Dom Sebastião, Seu Zezinho de Amaramadã, Rei da Turquia, Seu Ricardino, Seu Caboclo Velho, Princesa do Ouro, Seu Guerreiro, Dona Mariana, Seu Légua Boji e Seu João da Mata.
A Casa de Nagô foi fundada na época do Brasil Império, por malungos africanos, com o auxílio da fundadora da Casa das Minas, e influenciou os demais terreiros de São Luís.