Jearlysson Moreira e Marcial Lima cobraram ações de solidariedade das empresas de transporte público em São Luís.
Texto: Acsa Serafim
Na sessão ordinária desta segunda-feira (17), o vereador Jearlysson Moreira (Avante) subiu à Tribuna para relatar a dificuldade vivida pelas comunidades que não têm mais acesso à gratuidade no transporte público para cortejos funerários, como ocorria em anos anteriores.
O parlamentar pontuou que, nesse fim de semana, foi procurado por moradores do bairro Maracanã para que o vereador conseguisse a disponibilização de ônibus para realização do cortejo fúnebre de Bernarda Vieira dos Santos.
“A gente sabe que a perda de um ente querido traz outros sofrimentos, porque também tem o gasto, a taxa de cemitério, caixão, formol. Quando a gente precisa do apoio de uma empresa de ônibus para fazer o cortejo, essa ajuda é negada, e não é a primeira vez. A Viação Estrela, no Anjo da Guarda, informou que a Prefeitura não repassa mais esse valor desde a pandemia, inviabilizando o suporte à comunidade”, afirmou.
Jearlysson Moreira destacou que esse é um apoio que deveria ser oferecido pelo Poder Público para garantir a dignidade no processo de despedida de um familiar.
Outro lado
O vereador Marcial Lima (PSB) destacou que a parceria que garantia o chamado “ônibus fúnebre” foi encerrada na licitação do transporte público de São Luís antes da gestão de Eduardo Braide.
“A gente precisa fazer justiça. O ônibus fúnebre foi encerrado em 2015, na licitação que nós aprovamos aqui. Esquecemos de incluir essa parte no contrato. Eles ainda tentaram, por meio das comunidades, numa reunião com Canindé Barros, ainda na gestão de Edivaldo Holanda Júnior, com todos os empresários do setor de transporte”, explicou.
Marcial Lima afirmou, no entanto, que, embora o item não conste no atual contrato com as empresas, trata-se de uma questão de humanidade.
“Isso não deveria estar na licitação, é uma questão de solidariedade. As empresas de transporte público não têm uma contrapartida. Arrecadam milhões, mas não investem em nada, nenhuma ação social, escola comunitária, nada. Se tiver algum vereador que souber de alguma ação, eu vou ser o primeiro a anunciar. Mas, infelizmente, não tem”, concluiu.