No discurso, o parlamentar também reforçou apoio à luta contra jornadas exaustivas de trabalho
Texto: Acsa Serafim
Na sessão ordinária desta segunda-feira (18), o vereador Sá Marques (PSB) trouxe à tribuna a importância da campanha Novembro Azul, mês dedicado à saúde masculina. O parlamentar compartilhou sua história pessoal de luta contra o câncer de próstata e fez um apelo para os homens que compõem o parlamento e também à sociedade para que façam os exames de sangue e de toque para detecção precoce de qualquer sinal da doença.
Durante sua fala, Sá Marques recordou como, durante uma aula em 2018, sentiu fortes dores que o levaram ao hospital, onde inicialmente foi diagnosticado com cálculo renal. Posteriormente, exames revelaram índices alterados de PSA, levando à descoberta de um câncer de próstata após a realização de exames avançados.
“Mesmo sendo um vereador intelectualizado e combativo contra preconceitos, eu negligenciei minha saúde. Não fiz o exame de toque até os 54 anos. Foi um erro que me custou muito, e hoje peço à sociedade que não cometa o mesmo erro. Procurem um médico, façam os exames”, alertou o vereador.
Sá Marques também destacou as consequências do tratamento contra a doença e a importância de políticas públicas para o diagnóstico precoce e atendimento médico. Ele destacou que destinou R$ 450 mil de suas emendas parlamentares para o Hospital do Câncer Aldenora Bello, que atualmente enfrenta um déficit de R$ 19 milhões. O parlamentar fez um apelo para que outros colegas também destinem recursos para ajudar o hospital a salvar vidas.
Escala 6×1
Além do tema da saúde, Sá Marques voltou-se para os direitos trabalhistas, posicionando-se contra a jornada de trabalho 6×1 no Brasil. O vereador defendeu a redução da carga horária de 44 horas semanais para um patamar mais próximo de outros países da América Latina, como a Argentina, onde a carga horária é de 37 horas semanais.
“O Brasil é o sétimo país do mundo com maior carga horária. Reduzir a jornada de trabalho não vai falir o país. Temos reservas e riquezas suficientes para garantir isso sem prejuízo à economia. É uma questão de dignidade e justiça para os trabalhadores”, afirmou.