Iniciativa prevê que empresas disponibilizem gratuitamente EPIs aos trabalhadores que estejam vinculados ou prestando serviços
Tramita na Câmara de São Luís o projeto de lei 029/22, de autoria do vereador Álvaro Pires (PMN), que dispõe sobre a obrigatoriedade da disponibilização de EPIs para motociclistas em São Luís.
A proposta prevê que os estabelecimentos públicos ou privados, terceirizados, bem como aplicativos de internet, sejam obrigados a fornecer gratuitamente equipamentos de proteção individual (EPIs), aos entregadores e/ou trabalhadores que estejam vinculados ou prestando serviços de mototaxistas, motofretistas e motoboys, responsáveis pelo transporte de passageiros e/ou de mercadorias e, ainda, aos profissionais que utilizam a motocicleta para entrega de alimentos e demais produtos.
De acordo com o PL, os equipamentos de proteção individual são coletes de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, capacetes com faixas retrorrefletivas, luvas de proteção, botas de proteção cano longo e protetor de motor e pernas. Segundo a proposta, empresas que desenvolvam atividades de mercados, supermercados e hortifrutis, padarias e confeitarias, açougues e peixarias, farmácias e drogarias, armazéns, distribuidoras, transportadoras de alimentos, postos de combustíveis, dentre outros, deverão fornecer os EPIs aos trabalhadores.
O não cumprimento das disposições previstas no projeto acarretará na não renovação do alvará de funcionamento dos estabelecimentos que descumprirem a norma.
Para Álvaro Pires, a justificativa do projeto se dá em função do crescente número de profissionais que prestam serviços de mototaxistas, motofretistas, motoboys e de transporte de passageiros e mercadorias, que coincidiu com um aumento no número de acidentes automobilísticos. O parlamentar destaca que esses acidentes costumam causar lesões graves e, por isso, se faz necessária uma legislação que preveja a proteção dos trabalhadores.
“Nosso objetivo com este projeto é regulamentar o fornecimento gratuito dos EPIs pelas empresas que lucram com a venda e entrega de mercadorias, mas de nenhuma forma se responsabilizam pela segurança dos funcionários ou entregadores terceirizados, que, todos os dias, arriscam suas vidas”, salienta.
O projeto está tramitando nas comissões de Justiça e Mobilidade Urbana.