O Brasil ocupa, hoje, o 67° lugar no ranking que avalia a educação financeira nos países
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 214/21, de autoria de Andrey Monteiro (Republicanos), que dispõe sobre a inclusão da Educação Financeira nas escolas da rede de ensino municipal.
Segundo o autor do projeto, a medida regulamenta determinações da Base Nacional Comum Curricular – BNCC que orienta todas as escolas brasileiras a ensinarem educação financeira aos estudantes da educação básica.
“Essa proposição, poderá trazer relevantes mudanças para nosso futuro, pois através da educação financeira estaremos contribuindo para o desenvolvimento de traços comportamentais, como autoconhecimento, disciplina, organização, planejamento e gestão”, declarou.
Uma pesquisa do Insper revelou que duas a cada três pessoas no mundo são analfabetas financeiras. O Brasil ocupa hoje o 67° lugar no ranking dos 143 países analisados em nível de educação financeira.
“Incentivar a aprendizagem financeira é essencial para garantir uma redução dos endividamentos, podendo ser um fator de combate da desigualdade social”, concluiu o parlamentar.
Sobre o projeto
O PL 214/21 propõe a introdução à educação financeira por meio da inclusão de conceitos básicos como:
I – conceitos de finanças pessoais, classificação de receitas e despesas, montagem de orçamento familiar, balanço positivo e negativo e suas consequências,
reconhecimento dos diferentes meios de pagamento (dinheiro, cheque, cartões de débito e crédito);
II – difusão de princípios como consumo e descarte conscientes, uso responsável do crédito, importância da poupança para o futuro e para formação de patrimônio;
III – desenvolvimento de habilidades de reconhecimento de priorização das necessidades, planejamento e poupança para a concretização de planos e metas, negociação de compras, criação de fundo de reserva emergencial, noções básicas sobre juros em financiamento e aplicações financeiras;
IV – fomento da valorização do trabalho, da atuação do indivíduo como agente e responsável por suas escolhas financeiras e da importância da poupança, seja para fundo emergencial ou para a concretização de planos e metas e segurança futura.
Esses conceitos poderão ser incorporados ao programa de disciplinas obrigatórias, afins, respeitando o projeto pedagógico de cada escola.