Iniciativa é de autoria da vereadora Silvana Noely
Foi aprovado, na sessão ordinária da última segunda-feira (10), o Projeto de Resolução n.º 007/22, de autoria da vereadora Silvana Noely (PTB), que institui a Medalha Cultural Dona Teté, a ser entregue na semana do dia 27 de junho. A data é simbólica pois faz referência ao nascimento de Almerice da Silva Santos, mais conhecida como dona Teté, conhecida por seu famoso cacuriá, que se tornou um dos principais símbolos da cultura maranhense.
O objetivo da honraria é homenagear personalidades e/ou entidades que tenham oferecido contribuição relevante na área cultural, em São Luís. A medalha será concedida mediante decreto apresentado pelos vereadores.
Para Silvana Noely, a concessão da medalha é uma forma de manter viva a memória de Dona Teté, que tanto contribuiu para enriquecer a cultura maranhense.
“Essa medalha não é apenas uma homenagem a ela. Nosso objetivo é também homenagear os fazedores da cultura de hoje, e é, portanto, um importante instrumento de afirmação da identidade cultural do nosso povo, além de incentivar e valorizar a difusão das manifestações populares”, enfatiza.
Dona Teté
Almerice da Silva Santos, nasceu na cidade de São Luís (MA), no dia 27 de junho de 1924, popularmente conhecida como Dona Teté, passou a ser denominada dessa forma no dia do seu batizado, a pedido do padre, que achava o nome Almerice muito grande para uma menina tão pequenina. Moradora do bairro Coroadinho, cresceu rodeada de ladainhas e batidas de caixeiras, muito curiosa, aos 8 anos de idade, aprendeu a tocar Caixa do Divino, instrumento este que foi seu “grande parceiro” por muitos anos.
Desde então passou a ser frequentadora assídua de ladainhas e alvoradas, por ser a única da família a ter apreço pelas manifestações culturais, pulava a cerca do quintal de casa para ir até a residência da vizinha, onde se divertia com as festas populares. A vida artística de Teté iniciou aos 50 anos de idade, quando começou a participar das festividades do Divino Espírito Santo.
Por muitos anos foi integrante do grupo “Cacuriá de Seu Lauro”, se destacando pelo jeito divertido e sensual de dançar. Mas foi no ano de 1980 que seu protagonismo teve início, com o convite do Laboratório de Expressões Artísticas Laborarte, para ensinar o toque de caixa do Divino para uma peça teatral chamada “Passos”. Seis anos depois, com a ajuda do grupo, surgiu o Cacuriá de Dona Teté, que hoje é conhecido dentro e fora do país.
Com músicas como “Gavião”, “Jabuti” e “Jacaré”, o grupo é recebido com bastante entusiasmo pelo público. A notoriedade do Cacuriá de Dona Teté é tão evidente, que já foram feitas apresentações em vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pernambuco, Tocantins e Bahia, e em 1994 o grupo viajou para Portugal.