Vereador destacou novas possibilidades de auditagem na apuração do voto no país
Em discurso na manhã desta terça-feira (10), o vereador Francisco Chaguinhas (Podemos), voltou a defender que as eleições de 2022 tenham o voto impresso como forma adicional de auditar o pleito. A defesa foi feita no pequeno expediente durante sessão ordinária na Câmara Municipal de São Luís (CMSL).
O parlamentar, entretanto, garantiu respeitar a decisão sobre voto impresso, mas destacou que não iria aceitar se a proposta fosse rejeitada durante votação no Congresso.
“O deputado federal que não quiser votar no voto impresso se respeita, mas como conservador não posso aceitar. Portanto, como conservador e integrante da direita no Brasil, temos que primar pela transparência e fortalecimento da democracia”, afirmou o vereador em pronunciamento no Plenário.
É a segunda vez que Chaguinhas ocupa a tribuna em menos de dois dias para defender uma auditagem “mais transparente” do voto nas eleições.
Na sessão de ontem, ele lamentou a pouca repercussão do tema na capital e voltou a manifestar sua defesa. “Não podemos fechar os olhos para uma discussão que é pertinente, o voto auditável será mais uma camada de transparência que o eleitor terá”, declarou.
Além dele, os vereadores Marquinhos (DEM) e Karla Sarney (PSD) também já manifestaram-se favoráveis à proposta que está em discussão no Congresso Nacional. Ambos os vereadores elencaram a transparência como principal justificativa para o voto impresso auditável.
Entenda a polêmica
Passados 25 anos da estreia das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras, o uso dessas máquinas está novamente em pauta. A discussão foi puxada pelo presidente Jair Bolsonaro, que acusa o modelo de não ser confiável e alega que houve fraudes na votação de 2018, a mesma em que ele se elegeu.
O tema já está no Congresso Nacional. Em maio, a Câmara dos Deputados criou uma comissão especial para estudar uma proposta de emenda à Constituição que institui o mesmo modelo de voto impresso pregado pelo presidente da República. A PEC 135/2019, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), teve como relator o deputado Filipe Barros (PSL-PR), ambos integrantes da base governista. Barros apresentou seu parecer, favorável à aprovação da PEC.
Na última quinta-feira (5), a comissão especial que analisou a PEC do voto impresso rejeitou, por 23 votos a 11, o parecer favorável ao tema. Apesar de o texto ter sido rejeitado no colegiado, a proposta continua sendo discutida no Congresso, pois o presidente da Câmara Federal, Arthur
Lira anunciou, na última sexta-feira, que levaria o texto ao plenário para que todos os deputados pudessem decidir sobre o tema.