Professores que estão acampados em frente à Biblioteca Benedito Leite, reivindicando uma educação pública de qualidade, foram destaque.
Texto: Mirlene Bezerra
O co-vereador do Coletivo Nós (PT), Jhonatan Soares, subiu à tribuna da Câmara de São Luís na sessão ordinária desta quarta-feira (24), para falar sobre a convocação do ex-gestor da Secretaria Municipal de Cultura da Cultura (Secult), Maurício Itapary. Com data prevista para o dia 6 de maio, a convocação tem como objetivo proporcionar a oportunidade para que o ex-secretário preste esclarecimentos quanto aos contratos formalizados para a realização dos eventos de Pré-Carnaval e Carnaval de 2024 e, Natal de 2023, além da contratação do Instituto Juju e Cacaia – Tu és uma Benção para a execução do Carnaval de 2024.
“Nós entendemos que precisamos de respostas sobre essas questões e, aqui, não queremos lorotas de enviar documentos ou de solicitar mais tempo porque não está preparado, já que houve tempo para apresentar informações para o Ministério Público”, disse Jhonatan, questionando sobre como uma escola comunitária da Cidade Olímpica estaria preparada para receber R$ 7 Milhões e fazer o Carnaval da cidade.
“A comissão que nós presidimos nesta Casa também preside as pastas do Esporte e da Cultura. E antes de nós entrarmos em licença, nós apresentamos aqui uma proposição para que fosse aberta uma CPI do Carnaval, para investigar a Secretaria de Cultura do município, que naquela oportunidade tinha como secretário Marcos Duailibe”, lembrou o co-vereador do Coletivo Nós. Ele ressaltou que no meio do escândalo envolvendo o Instituto Juju e Cacaia, o prefeito Eduardo Braide (PSD) apresentou como resposta a exoneração do então secretário e de outros servidores da Secult.
“O prefeito se vangloria ter colocado milhares de pessoas no Aterro do Bacanga para shows de Alok, Joelma e outros artistas de renome nacional e internacional, pagando cachês de até R$ 1 Milhão”, pontuou o parlamentar, levantando o questionamento de quanto teria sido pago às atrações locais, como Bicho Terra, blocos tradicionais, tribos de índios e escolas de samba, que foram realocados para uma data posterior ao período oficial da folia, por uma suposta falta de tempo para a montagem da estrutura.
Educação
O mandato coletivo preside a Comissão de Educação da Casa. Sobre o tema, Jhonatan Soares falou sobre os professores que estão acampados em frente à Biblioteca Benedito Leite, reivindicando uma educação pública de qualidade. “Nós hoje mais de 20 escolas sem funcionamento, com milhares de crianças fora das salas de aula e milhões no caixa da Prefeitura, que poderiam estar sendo investidos em uma educação de qualidade para nossas crianças e jovens, como preconiza a LDB, o Estatuto da Criança e do Adolescente e tantos outros regramentos”, observou. E reforçou a necessidade da convocação da gestora da pasta da Educação Municipal, Caroline Salgado, aprovado em Plenário nesta terça-feira (23).