Fechamento de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Vila Luizão foi um dos temas debatidos na tribuna nesta quarta-feira (01)
O co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), utilizou a tribuna da Câmara Municipal para criticar mais uma vez a política de Assistência Social da Prefeitura de São Luís. Na ocasião, tratou do fechamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) localizado na Vila Luizão e da remoção de educadores socais de projetos conveniados ao SCFV.
Segundo parlamentar mais de 180 pessoas da área próxima à Vila Luizão deixaram de ser beneficiadas com o fechamento do SCFV em plena pandemia de Covid-19. “Mais de 180 pessoas ficaram descobertas. São crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência da região da Vila Luizão, da Divinéia, do Olho d’Água e do Sol e Mar. É sabido, porque já foi dito antes por nós muitas vezes, que essas pessoas não vão para o Centro de Referência da Assistência Social do Turú”, alegou Jhonatan Soares.
Educadores Sociais – A remoção de educadores sociais de projetos conveniados ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, pautada há cerca de duas semanas pelo Coletivo Nós na tribuna da Casa, voltou a ser tema de debate. Durante o discurso, o co-vereador Jhonatan Soares leu e comentou uma nota emitida pela Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) após denúncia do Coletivo Nós na tribuna da Casa.
Sobre a convocação dos educadores sociais para apresentação nos Cras aos quais foram vinculados com a finalidade de identificação de lotação, informada na nota do Executivo Municipal, Jhonatan informou que esta ação está sendo realizada desde o início do ano.
“Isto já é mentira, porque desde janeiro esta ação já tem sido feita e com todos os servidores da Assistência. Se até hoje, 1º de setembro e iniciando o 9º mês de gestão, a Assistência não sabe onde estão os servidores, isso é muito preocupante”, avaliou.
Desencontro – Jhonatan Soares ainda comentou a comunicação informal por aplicativo de mensagem, que segundo ele, foi feita pela Semcas aos interessados na questão e falou do desencontro de informações repassadas no mesmo dia pela gestão municipal àqueles.
“Foi enviada por WhatsApp uma relação dos Serviços de Convivência das organizações comunitárias por Cras que deveriam retomar as atividades. No mesmo dia, os técnicos de referência dos serviços dos Cras começaram a enviar mensagens por WhatsApp para as organizações informando que não era mais para os educadores retornarem e
que as atividades iriam parar. Também foi dito que as organizações estavam com o convênio por vencer e só continuariam quando resolvessem a parte burocrática e creio que jurídica”, informou o co-vereador.
Soares finalizou o discurso com questionamentos e avaliação acerca da área de Assistência Social do município de São Luís e explicou que as questões ligada à Pasta precisam ser revolvidas porque a Semcas atende cerca de 5500 pessoas carentes.
“Sabe qual é a conclusão que temos? É que a Secretaria não tem decisão e nem comando. A nota diz uma coisa, depois a gestão da Secretaria diz outra aos servidores. Logo após, os técnicos encaminham outra informação. Sabe por que a Secretaria não tem comando e nem discurso único? Não tem planejamento e nem gestão? Porque ela não tem um superintendente que cuide dessa pasta. Precisamos resolver as questões da Semcas, porque este é um problema de 5500 usuários da política de Assistência Social que estão sendo deixados à mercê e a toda sorte nas nossas comunidades. As pessoas que precisam de Serviço de Convivência são as pessoas mais carentes das nossas comunidades”, assinalou Jhonatan Soares.