Co-vereador Jhonatan Soares falou sobre o legado deixado pelo educador e aproveitou para cobrar melhorias na educação municipal
O centenário do educador Paulo Freire foi lembrado na Câmara Municipal de São Luís (CMSL), na sessão desta quarta-feira (22), durante pronunciamento do co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT).
De acordo com Jhonatan, patrono da Educação Brasileira, o professor Paulo Freire é reconhecido mundialmente, sendo nomeado doutor por várias universidades estrangeiras.
Em sua fala, Jhonatan Soares lembrou a trajetória do educador para alfabetização. Segundo ele, o operário era a maior preocupação de Paulo Freire, pois ele queria uma educação libertadora para que o povo pudesse ser livre.
“Antes de Paulo Freire, na década de 70, aqui no nosso país nós tínhamos milhões de brasileiros e brasileiras analfabetos e idosos jovens trabalhadores e trabalhadoras operários, mas era muita gente. Era mais que 60% da população do nosso país analfabetos”, declarou.
Segundo o co-vereador, Paulo Freire participou da elaboração de um Plano Nacional de Alfabetização para o governo João Goulart, que não chegou a sair do papel porque o regime militar veio em seguida, em 1964, e o educador teve que ficar 15 anos fora do País.
Considerado patrono da educação brasileira, Paulo Freire nasceu em Recife/PE e é reconhecido pelo método de alfabetização desenvolvido na década de 1960, aplicado com sucesso entre cortadores de cana-de-açúcar em Angicos, no Rio Grande do Norte.
Plano para volta às aulas presenciais
Ao encerrar seu pronunciamento na tribuna da Casa, Jhonatan Soares aproveitou para cobrar da administração municipal o envio do plano detalhado para a volta às aulas presenciais considerando o diagnóstico epidemiológico e o acompanhamento de saúde mental dos estudantes.
“Aproveito para trazer à luz da pedagogia freiriana, que preza por uma educação pública de qualidade, uma questão importante: amanhã completa 30 dias que nós enviamos um ofício ao secretário Municipal de Educação, Marco Moura, mas ainda não obtivemos resposta”, completou.
“Trata-se do envio do plano de retorno das aulas, o cronograma de reativação das escolas de reforma das nossas escolas e também a prestação de contas do Fundeb. O secretário não nos respondeu e o prazo encerra amanhã. Gostaríamos muito que pudéssemos dialogar de forma republicana com a gestão municipal sobre esse assunto que é tão prioritário”, concluiu.