Mandato coletivo destacou que mesmo com o projeto para viabilizar carro de aplicativo à população durante a greve, o Executivo não colocou a medida em prática
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Texto: Mirlene Bezerra
O covereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), subiu à tribuna na sessão ordinária desta quarta-feira (19), para falar sobre a iniciativa do Governo do Maranhão para minimizar os danos da greve dos rodoviários, iniciada na última segunda-feira (17) na capital maranhense. “O Governo do Estado apresentou uma proposta de aumento de 7% para os trabalhadores e 10% no tícket-alimentação. E os trabalhadores aceitaram”, destacou, acrescentando que graças a essas medidas, hoje os ônibus do transporte semiurbano da Grande Ilha voltaram a circular.
Jhonatan cobrou que o Executivo Municipal compareceu à mesma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta terça-feira (18), em que as propostas do Governo do Estado foram apresentadas e não levou nada que resolvesse a situação do transporte urbano de São Luís. “Além da Prefeitura não apresentar nenhuma proposta, o Prefeito também ainda não tinha nenhuma para o Uber Angélica, que é o ‘vou de táxi’”, referindo-se ao fato de ainda não se saber como será a operacionalização da utilização e pagamento de carro por aplicativo, previsto no projeto encaminhado pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) ao Legislativo Municipal e aprovado pelos vereadores.
O covereador lembrou que o Prefeito anunciou em suas redes sociais que assim que a Câmara aprovasse o projeto, o problema da greve seria resolvido e, que, no entanto, até o momento não há nada de concreto. A sua conclusão é a de que, supondo que os vereadores não aprovariam a proposta, Eduardo Braide tentou jogar a responsabilidade da falta de transporte urbano para o Legislativo Municipal, o que não aconteceu. “Vamos ver se até o final da manhã vai ter um vídeo do Prefeito anunciando como a proposta do Uber vai ser concretizada”, pontuou.
Soares ainda falou sobre a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a denúncia apresentada, o ex-presidente é acusado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. “Foram denunciados o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o candidato a vice da chapa, que também é general da reserva, outros generais da reserva e os ex-comandantes do Exército e da Marinha. É muito claro que o que estava sendo orquestrado no nosso país era um segundo golpe militar”, disse o petista, citando o filme “Ainda estou aqui”, que conta a história de Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, engenheiro e ex-deputado cassado durante a ditadura militar, para falar dos horrores cometidos nesse período.