O setor de Taquigrafia é subordinado à 2ª Secretaria da Mesa Diretora da Câmara, e atualmente, conta com taquígrafos, digitadores e revisores.
O funcionamento pleno das sessões da Câmara Municipal de São Luís depende das atividades laborais desenvolvidas pelos profissionais lotados no Departamento de Taquigrafia da Casa Legislativa. Por meio deles, parte da História do Legislativo Municipal fica registrada e à disposição de vereadores, dos demais servidores e da população ludovicense para consulta.
O setor de Taquigrafia é subordinado à 2ª Secretaria da Mesa Diretoria da Câmara Municipal de São Luís, e atualmente conta com 9 taquígrafos, incluindo a chefa do Departamento, Cristiane Dias, além de digitadores e revisores.
Dentre as atividades realizadas pelo Departamento estão a elaboração da escala de revezamento dos taquígrafos para as sessões plenárias, o acompanhamento delas, a efetivação dos registros de pronunciamentos dos oradores no bloco de notas taquigráficas, a realização de consulta nos blocos de notas para transcrições das sessões, a elaboração de cópias taquigráficas das sessões plenárias, a transcrição das sessões do taquigrama para a Língua Portuguesa, a revisão do texto transcrito quanto aos aspectos gramaticais e normativos, a correção do texto transcrito quando necessário, e o encaminhamento da transcrição para a 2ª Secretaria da Mesa Diretora da Casa, para assinatura.
“O Departamento de Taquigrafia é de extrema relevância para a Câmara de São Luís porque é ele quem faz os registros dos pronunciamentos das sessões, sejam elas ordinárias, extraordinárias ou solenes. Também registramos painéis e audiências públicas. Assim, contamos parte da História da Casa e a deixamos disponível para os demais servidores e também para a população ludovicense nos anais da Casa”, destacou a chefe da Taquigrafia, Cristiane Dias.
A coordenadora da 2ª Secretaria da Mesa Diretora da Câmara de São Luís, Lílian Cristina Ferreira, explicou ainda que por meio dos registros feitos pelo Departamento de Taquigrafia é possível esclarecer dúvidas em casos que acontecem imprevistos. “Já tivemos um caso que ilustra bem isto. Uma vez faltou energia elétrica no plenário e o sistema de áudio, consequentemente, não funcionou. Na época foi esclarecido de que forma votou um determinado vereador por meio dos registros da Taquigrafia”, lembrou.
Atualmente, nas sessões da Câmara Municipal de São Luís, a escala de trabalho dos taquígrafos contempla 3 profissionais por vez que ficam responsáveis por acompanhar 30 minutos de pronunciamento. “São três profissionais por vez na sessão. Cada um deles faz o acompanhamento de 10 minutos de discurso. Findados 30 minutos, outra turma de taquígrafos entra na sessão para continuar o trabalho por mais 30 minutos. E, assim, sucessivamente.”, explicou Cristiane Dias sobre o trabalho dos profissionais nas sessões plenárias.
Agilidade
O taquígrafo é o profissional capaz de escrever, por meio de sinais convencionais, a uma velocidade bem mais elevada que a escrita comum, reproduzindo, em texto escrito e com fidelidade, as palavras de um orador. O taquígrafo costuma utilizar símbolos previamente definidos que representam certos fonemas da língua para auxiliar na velocidade da transcrição.
Há vários métodos para exercer a taquigrafia. Segundo o site “Quero Bolsa”, o mais utilizado no Legislativo e no Judiciário brasileiros é o sistema inventado pelo espanhol Francisco de Paula Martí Mora. Porém, conforme a fonte, o método de taquigrafia mais comum é o de Oscar Leite Alves, criado especialmente para a Língua Portuguesa. A profissão existe desde a Antiguidade Clássica e era reconhecida por sua utilidade prática e cultural de registrar, sobretudo, as manifestações orais, políticas e judiciais.
No Brasil, a taquigrafia parlamentar foi oficialmente instituída no dia 3 de maio de 1823 para funcionar a primeira Assembleia Constituinte. Por conta disto, o dia 3 de maio foi escolhido pela categoria profissional como o Dia Nacional do Taquígrafo.