A data foi instituída com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a excelência das mulheres na ciência
Hoje, dia 11 de fevereiro, é Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi instituída na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015 com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a excelência das mulheres na ciência e lembrar a comunidade internacional de que a ciência e a igualdade de gênero devem avançar em conjunto.
Dados do relatório “Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)”, publicado em 2020 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mostram que menos de 30% dos pesquisadores no mundo eram mulheres. Ainda segundo a pesquisa, o número de mulheres reconhecidas como líderes em sociedades de alto prestígio ou por meio de premiação permanecia baixo.
Já o Senado Federal, em matéria publicada nesta manhã sobre a data, no Brasil, a proporção existente entre homens e mulheres na Ciência é ainda menor: elas ocupam apenas 14% das posições na Academia Brasileira de Ciência.
Para a co-vereadora Raimunda Oliveira, do Coletivo Nós (PT) a realidade acima pode ser resultado de uma vivência histórica. “Historicamente foi dito e mostrados em livros e em artigos que a ciência era um espaço para homens. É isto que a gente tem visto e estudado nas escolas e nas faculdades. O destaque é dado principalmente aos homens cientistas. Um exemplo, extraído de uma pesquisa que fiz rapidamente pelo Google, é o caso do cientista Albert Einstein. Quem contribuiu bastante para que ele tivesse esse sucesso todo e para que ele se tornasse esse cientista histórico reconhecido no mundo foi a esposa dele (Mileva Einstein)”, comentou.
Raimunda Oliveira também expôs algumas sugestões que visam à promoção da igualdade de gênero na Ciência. “No Coletivo Nós, defendemos que escolas de nível médio e fundamental possam garantir esse espaço às meninas e mulheres, fazendo com que elas tenham interesse pela Ciência; fazendo com que elas tenham interesse pela Física e pela Química, por exemplo, pois essas disciplinas não podem ser vistas como de homens. Defendemos também que sejam garantidos laboratórios nas escolas e que as meninas sejam incentivadas a participarem das pesquisas”, ressaltou a co-vereadora.
Por fim, a co-vereadora destacou que outro caminho para solucionar os problemas apresentados neste dia é o desenvolvimento de um trabalho conjunto com toda a sociedade.
“A data foi instituída pelas Nações Unidas para que a igualdade de gênero na Ciência acontecesse de fato e de direito. É inadmissível que, no Brasil, apenas 14% das mulheres e meninas tenham participação na área da pesquisa científica. Precisamos de uma ação conjunta, envolvendo Município e Estado. Precisamos da educação principalmente. Precisamos motivar meninas e mulheres para que elas tenham participação na Ciência e para que se saia desse índice de 14% e se consiga atingir a igualdade de gênero que é, pelo menos, os 50%. Todos nós precisamos nos envolver e desenvolver ações que buscam despertar nas nossas meninas e mulheres esse interesse pela pesquisa científica”, assinalou.