Co-vereadores do Coletivo Nós e psicólogo Ruan Ferreira, da Casa Legislativa, abordam temática presente nas datas
Hoje, 20 de julho, são comemorados o “Dia do Amigo” no Brasil e o “Dia Internacional da Amizade”. Por conta disso, a Câmara de São Luís entrevistou o psicólogo da Casa Legislativa, Ruan Ferreira, para tratar da relevância e dos benefícios de as pessoas terem relações de amizade. O Coletivo Nós (PT) também foi fonte para a matéria e os co-vereadores abordaram como tem sido o exercício do mandato por 3 homens e 3 mulheres que mantêm uma relação de amizade.
Segundo o Dicionário Aurélio, “amizade” é um sentimento fiel de afeição, apreço, estima ou ternura entre pessoas. E o psicólogo Ruan Ferreira explicou que este sentimento é de relevância para o desenvolvimento dos seres humanos. “O ser humano é um ser de linguagem. Significa que ao longo da nossa vida precisamos fazer laços sociais para que possamos nos desenvolver e chegar aos lugares a que precisamos chegar. Um desses laços são as amizades. Os amigos nos dão suporte, compartilham experiências, dividem momentos de adversidade e ainda nos ajudam a passar por esses momentos juntos”, explicou o profissional de Psicologia.
Ruan Ferreira ainda explicou como as diferenças existentes entre amigos pode auxiliar na construção de cada sujeito. “Muitas vezes os amigos vão nos mostrar também as diferenças. As pessoas com quem a gente se relaciona não são iguais a nós. Então, esse momento de diálogo com a diferença também é fortalecido pelas nossas amizades e nos auxilia no nosso desenvolvimento”, assinalou.
Segundo o psicólogo, existe contribuição das amizades para a saúde mental de cada pessoa. “A importância da amizade para a nossa saúde mental é justamente essa: ela compõe toda essa rede de apoio que deve existir ao redor da pessoa. Ao longo da pandemia, percebemos que a configuração das relações mudou porque estamos vivendo um momento de maior isolamento social. Não é recomendado ver as pessoas presencialmente, mas temos formas e meios tecnológicos que permitem a continuidade dessas relações de amizade, como o ambiente virtual. É importante que as relações de amizade se mantenham, mas respeitando as dificuldades e limitações que a pandemia coloca em nossas vidas”, explicou Ruan.
Sobre o mandato exercido coletivamente por seis co-vereadores que mantêm uma relação de amizade, Ruan Ferreira fez observações. “O que é interessante sobre o mandato coletivo é justamente a diferença que existe entre as pessoas que o compõe. São pessoas que têm história de vida diferente e que vieram de lugares diferentes. Essa diferença de visão proporciona maior representatividade para as pessoas que votaram neles. Esse ponto é muito interessante. São pessoas diferentes que podem abordar pautas diferentes e contribuições diversas. Também pode ser visto o diálogo como um elo entre os diferentes para a construção do mandato coletivo”, explanou.
O mandato baseado no diálogo foi um dos pontos citados pela co-vereadora Flávia Almeida quando tratou do Coletivo Nós. “A construção da nossa amizade se deu muito antes do processo do mandato. E, por conta da nossa relação já vir de anos, isso facilita muito a nossa construção. Há muito diálogo no nosso mandato. Obviamente temos momentos de diversidade de pensamento e isso é muito rico para a gente. Cada um pensa de uma forma, mas a gente sempre consegue chegar a um denominador comum porque o nosso objetivo dentro do mandato é trabalhar para a população e nós temos consciência disso. Isso facilita nossa construção”, assinalou.
O co-vereador Jhonantan Soares disse que a amizade é um elemento a mais no mandato do Coletivo Nós. “A gente pode dizer que a amizade é um tempero importantíssimo para que nosso projeto dê certo. Tem uma situação que nos iguala. Todos nós seis viemos do espaço da Pastoral da Juventude e nela uma das coisas que nós aprendemos é o valor que a amizade tem. Sabemos reconhecer no próximo e na próxima pessoas importantíssimas para a nossa caminhada e entender, sobretudo, a importância do cuidado e de cuidar das outras pessoas. Essa é uma questão importante que nós temos muito clara e é muito forte para nós”, disse
Jhonatan ainda abordou como as diferenças auxiliam na construção diária do mandato. “O que, com certeza, nos ajuda a saber caminhar e a continuar é a gente primeiro entender o espaço do outro e ter o respeito como uma condição fundamental nas nossas relações. Respeitar o espaço do outro e da outra, bem como saber ouvir. O que poderia ser um ponto de divergência, como nossas diferenças, para nós é qualidade. Não faria sentido nós sermos todos iguais. Por isso a gente valoriza muito as nossas diferenças e o que cada um e cada uma traz para agregar com o outro e a outra. Isso, na verdade, é um valor. Na nossa relação valorizamos muito as diferenças e isso não se coloca como uma problemática para nós”, afirmou.
Já a co-vereadora Raimunda Oliveira declarou que é agradecida a Deus por compartilhar o mandato na Câmara com os outros cinco vereadores. “Tenho muito o que agradecer a Deus pelas amizades cativadas e pelas pessoas confiáveis e amigas com as quais tenho a honra de partilhar nosso mandato coletivo. Algumas pessoas eu conheci no início da juventude e a gente se fortaleceu. Cada um com as duas bandeiras, conquistas. E hoje a gente está partilhando o mandato”, assinalou.
Raimunda Oliveira também abordou como as diferenças contribuem para a gestão do Coletivo Nós. “São 6 pessoas de diferentes idades que vêm de locais diferentes, sobretudo das periferias e zona rural. Conseguimos deliberar pautas, demandas e reivindicações da população de São Luís através do nosso mandato. O que nos une e o que nos fortalece são as diferenças que cada um tem. Amizade é respeitar o momento do outro. É, às vezes, silenciar, mas estar sempre próximo e torcendo pelas conquistas de cada um. Isso é ser amigo e amiga verdadeiramente. E é isso que a gente faz não somente entre nós no nosso mandato, mas também com toda a nossa equipe que compõe o Coletivo Nós”, finalizou.