Considerada um distúrbio de fala comum, a gagueira acomete aproximadamente 4% a 5% da população mundial
Nesta sexta-feira (28), o calendário mundial registra o Dia Internacional de Atenção à Gagueira. A data, criada em 1998, tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o que é o distúrbio e de que maneira ele afeta a fala, de modo a oferecer maior suporte para as pessoas que gaguejam.
O QUE É A GAGUEIRA
Trata-se de um distúrbio crônico da fluência da fala, registrado com maior incidência na fase infantil. A gagueira se apresenta em vários níveis, e, quando se apresenta, distrai o interlocutor, agravando o distúrbio de comunicação.
Considerada um distúrbio de fala comum, principalmente na infância, a gagueira acomete aproximadamente 4% a 5% da população mundial. Por conta do desconhecimento sobre o que é a gagueira, pessoas acometidas com o distúrbio frequentemente são vítimas de piadas e bullying, o que prejudica a saúde mental dessas pessoas e contribui para o desenvolvimento de transtornos psicológicos.
Apesar de não ter cura, a condição pode melhorar consideravelmente por meio de intervenção fonoaudiológica, que, em alguns casos, pode ser associada à psicoterapia para que a criança ou adulto se sinta mais seguro para lidar com as questões negativas associadas ao distúrbio. Dessa forma, é possível viver uma vida com mais qualidade.
DIA DE ATENÇÃO À GAGUEIRA
Para o vereador Edson Oliveira, o Edson Gaguinho (DEM), a data é fundamental para que a população conheça a condição, sem preconceitos, e acolha melhor as pessoas que sofrem com esse problema.
“Para muitos, a gagueira é motivo de riso e piada, e isso afeta o emocional de quem sofre com esse distúrbio e se somam às dificuldades que a pessoa já tem com a comunicação. Quando criança, eu gaguejava muito e por isso me chamavam de Gaguinho. Isso não afetou meu emocional, tanto é que não tenho nenhum problema com relação ao nome. Hoje, inclusive, indico o tratamento com o fonoaudiólogo, porque sei que ele é o profissional ideal para o tratamento da gagueira”, afirmou.
O psicólogo Mauro Brandão Júnior, da Câmara de São Luís, explica como as pessoas próximas podem ajudar.
“É sempre aconselhável que as pessoas ao redor possam ser empáticas e compreender que pessoas com dificuldade na fluência da fala estão em sofrimento, tendo em vista que há uma expectativa social pelo bem falar. Cada um tem seu ritmo e forma de se comunicar e flexibilizar tais padrões, evitando brincadeiras relacionadas à forma como se comunicam, por exemplo, ou oferecendo tempo e espaço para se comunicarem, auxiliando no que for preciso para a que a comunicação seja efetivada”, destacou.