Mandato volta a cobrar solução durante sessão desta quarta-feira, 15
O co-vereador Jhonatan Soares, representando o Coletivo Nós (PT), chamou a atenção para a situação do transporte público escolar no município de São Luís na sessão desta quarta-feira, 15. O mandato endureceu as críticas à Prefeitura da capital e cobrou solução para o problema que se arrasta a décadas.
Durante o discurso, o parlamentar denunciou que, mesmo com o recurso do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), centenas de estudantes das áreas mais remotas do município ficaram impedidos de chegar até suas escolas sedes após o retorno das suas atividades presenciais.
Ele afirmou ainda que a atual gestão teve mais de um ano para regularizar a licitação, feita de forma emergencial. Além disso, denunciou que apenas 120 veículos foram disponibilizados, menos da metade do quantitativo esperado. Segundo ele, as crianças sofrem também com a falta de equipamentos de segurança e de monitores no trajeto.
“Do Portilho a Ilha Pequena, do Coquilho a Cajupari, de Pedrinhas a Vila Samara é a mesma situação. A falta de transporte escolar é um problema da Zona Rural inteira”, afirmou durante o discurso.
Na ocasião, o parlamentar repercutiu matéria da TV Mirante que já vinha mostrado a situação de várias crianças fazendo a travessia em canoas improvisadas, colocando em risco a própria vida em um deslocamento que dura dois minutos.
Audiência Pública
O Coletivo Nós realizou na semana passada uma audiência pública com o objetivo de debater o tema, o evento contou com a presença do Ministério Público, Defensoria Pública, dentre outros setores da sociedade civil organizada.
Jhonatan recordou o desabafo de uma mãe, durante a audiência realizada na comunidade do Coqueiro, que diz já ter sofrido na pele anos atrás com o mesmo problema e, hoje, sofre por ver o filho na mesma situação.
“Imaginem o que é ouvir o desabafo de uma mãe que diz ter vivido a mesma situação há 15, 20 atrás, de chegar na escola com o pé sujo de lama após caminhar 5,
10 km para chegar na escola. Só que a gente não está na mesma realidade, o recurso existe, isso é criminoso!”, concluiu.