O parlamentar denunciou que veículos apreendidos de pessoas com alto poder aquisitivo estão sendo liberados sem o cumprimento do código tributário do município
Texto: Leandro Ferreira
Na sessão ordinária desta quarta-feira, 7, o vereador Marcial Lima (Podemos) fez uso do pequeno expediente para cobrar uma posição do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), sobre uma denúncia de liberação irregular de veículo do pátio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), ocorrido no último final de semana.
Marcial Lima informou que a denúncia da irregularidade partiu dos próprios vigilantes da secretaria que receberam ordens para liberar um veículo importado que estava detido nas dependências da SMTT.
“É preciso que o prefeito se pronuncie sobre o que aconteceu lá no pátio da SMTT. O que vem acontecendo na SMTT, com a liberação de automóveis importados, de pessoas que devem ter uma boa condição financeira, é feito de forma esquisita, estranha e incorreta. O que está acontecendo no pátio da secretaria é um absurdo. Os bacanas têm seus carros apreendidos, levados para o pátio da SMTT e na calada da noite o secretário autoriza a liberação desses veículos, sem o cumprimento do código tributário do município”, disse.
O parlamentar ressaltou que ontem, 6, mais uma denúncia de irregularidade foi apresentada. “O prefeito deveria exonerar imediatamente o secretário Diego Rodrigues. Só por esses atos ele já deveria ter sido exonerado. É terrível o que nós estamos vendo na SMTT. Se fosse uma moto de um mototaxista ou um carro que estivesse com o licenciamento atrasado, de qualquer trabalhador do transporte, este veículo seria liberado de madrugada ou esse trabalhador teria que pagar todas as taxas exigidas pelo código tributário do município?”, frisou.
Horas extras
Em seu discurso, Marcial Lima também criticou a forma como é concedido o pagamento das horas extras para os servidores da Guarda Municipal de São Luís. Ele informou que as horas extras para servidores que trabalham internamente são concedidas de forma ilimitada, já os trabalhadores que atuam na área externa e operacional não recebem o mesmo tratamento, as horas extras são limitadas.
“Que política é essa de cumprimento de horas extras? Quem trabalha na rua, na operação, no combate, nos terminais, praticamente não tem direito de hora extra. Agora quem está lá internamente, próximo da secretaria, tem mais direito do que o servidor que trabalha na rua. Isso é um absurdo. Estamos de olho nesta situação e vamos denunciar isto também”, concluiu o vereador Marcial Lima.