De acordo com o parlamentar, as empresas de ônibus não estão cumprindo o que foi acordado nas negociações para o encerramento das greves.
Texto: Leandro Ferreira
Em pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira, 4, o vereador Marcial Lima (Podemos) voltou a falar sobre o sistema de transporte público de São Luís.
Segundo o parlamentar, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) denunciou uma série elevada de demissões de cobradores que trabalham nas empresas do transporte coletivo.
“Na última greve no sistema de transporte, quando se sentaram para tratar dos assuntos, falaram do subsídio e falaram também do aumento de tarifas, as duas medidas foram adotadas pela prefeitura (a pedido dos empresários). Aumentou o valor das passagens e a prefeitura repassou uma quantia grande para os empresários, incluindo na planilha de custos a não demissão de cobradores”, disse.
De acordo com Marcial Lima, as empresas de ônibus não estão cumprindo o que foi acordado nas negociações para o encerramento das greves.
“O que está acontecendo. Mesmo com tudo isso debatido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Ministério Público do Trabalho (MPT-MA) as empresas de ônibus estão demitindo os cobradores. Elas receberam de forma adiantada o pagamento do poder público, o subsídio e também o aumento das tarifas, e estão demitindo os cobradores e cobradoras, inclusive de uma forma covarde. Não deveriam estar demitindo até pelo menos o ano que vem, em uma próxima negociação”, ressaltou.
Por fim, o parlamentar alertou que o sistema de transporte público pode parar mais uma vez por conta desta situação envolvendo os cobradores. “Não será por falta de aviso se na semana que vem o sistema de transporte de São Luís parar por 24 horas e depois em assembleia geral decidir parar por mais tempo. Estamos usando a tribuna da Câmara Municipal para mostrar e chamar a atenção do MPT, do TRT e da prefeitura de São Luís no sentido de aceitar as reuniões previstas que o sindicato está pedindo, para evitar uma paralisação no futuro do sistema de transportes”, concluiu.