As atividades foram realizadas em alusão ao Dia Internacional dos Arquivos, comemorado no dia 9 de junho.
Texto: Acsa Serafim
No coração de São Luís, entre prateleiras e estantes na Câmara Municipal, os historiadores Daniel Sabóia e Carlos Alberto Netto percorrem os corredores como verdadeiros guardiões da memória legislativa. Eles descobrem, catalogam e conservam documentos em papel sépia que, envelhecidos pelo tempo, contam a história política de São Luís e do Brasil, no período de 1823 e 2000.
Pequenos fragmentos desse tesouro histórico, dentre atas de sessões legislativas, cartas, projetos de lei e registros históricos da vida dos funcionários datados do início do século passado, foram expostos na manhã desta quinta-feira (6), na Câmara de São Luís, durante a palestra de encerramento da programação da 8ª Semana Nacional de Arquivos, articulada pelo Arquivo Nacional em alusão ao Dia Internacional dos Arquivos (9 de junho). O evento foi proposto pelo Departamento de Documentação e Arquivo da Câmara.
Memória e pesquisa
No encontro, o historiador Carlos Alberto Netto, servidor de carreira da Câmara, destacou que os documentos preservados e mantidos pela Casa revelam inúmeras possibilidades para pesquisadores, que, se exploradas, ampliarão consideravelmente o conhecimento dos processos legislativos de São Luís em outros períodos da História.
“Esperamos que eventos como esse, que realizamos nesta semana, sinalizem a abertura de um novo momento de parcerias institucionais que promovam o acesso da população a esses documentos, aumentando também o acesso para pesquisadores”, destacou.
Documentação
O Setor de Documentação da Câmara é formado por documentos produzidos e recebidos desde a sua fundação, em 1619, até sua configuração atual. O acervo apresenta-se em diversos formatos e suportes como papel, livros, manuscritos, fotografias, dentre outros.
No entanto, nem todos os documentos estão guardados no setor. Uma parte deste registros foi cedido para o Arquivo Público do Estado do Maranhão – APEM, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Cultura – SECMA.
O historiador Daniel Sabóia, também servidor da Câmara, destacou a importância do setor de documentação para preservar a memória da instituição e da cidade. “Temos uma função de guarda dessa documentação, que é um tesouro, um patrimônio. Com isso, também temos uma função acadêmica de promoção das informações e dos dados para fomento de estudo, pesquisa e conhecimento”, pontuou.