Parlamentar falou sobre as adversidades que professores e pais estão passando por conta da falta deste tipo de profissional nas escolas do município
Texto: Leandro Ferreira
Na sessão ordinária desta segunda-feira (22), na Câmara Municipal de São Luís, o vereador Professor Sá Marques (PSB) se manifestou para cobrar do poder público municipal a presença de cuidadores qualificados nas salas de aula para dar assistência aos alunos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O vereador relatou as adversidades que professores e pais estão passando por conta da falta deste tipo de profissional nas escolas do município. Ele informou que na UEB Nielza Matos, no bairro João Paulo, uma professora está tendo dificuldades em lidar com uma das turmas, no total são 15 alunos e cinco deles são atípicos.
“Nós sabemos que é correto colocar esses alunos juntos, pois é uma questão de inclusão. Faz parte do processo ensino/aprendizagem a inclusão, é salutar, os psicopedagogos orientam nesse sentido. Só que tem que ter ao lado do professor e da professora, o cuidador. A professora que lá ensina não é preparada enquanto cuidadora, ela não tem a formação técnica para tal atividade. As crianças ficam no corredor correndo e brincando, na hora da aula”, disse.
Sá Marques informou que foi procurado por um dos pais atípicos lamentando a situação. “Um pai me procurou e disse que simplesmente, durante a semana agora, vai tirar o filho porque não está aprendendo nada. Ele decidiu tirar a criança de quatro anos da escola Nielza Matos simplesmente porque não existe cuidador escolar de criança com o espectro autista. É muito triste”, afirmou.
O parlamentar sugeriu que a Secretaria de Educação do Município (SEMED) aproveite um dos processos seletivos simplificados que estão em andamento para fazer a contratação de profissionais com a qualificação técnica adequada para atender esta demanda.
Visitas
Na ocasião, ele também informou que realizou visitas em escolas do município após denúncias de falta de água potável para os alunos e profissionais. “Eu visitei duas escolas e sinceramente não me deparei, aparentemente, com falta de água potável. Mas há a necessidade realmente do Poder Executivo Municipal de fazer trabalhos pontuais, inclusive de pintura, nas unidades de ensino”, concluiu.