Em discurso, vereador destacou que os trabalhadores da saúde, educação e segurança, precisam ter os olhos cristalizados do poder público, por aquilo que representam e defendem na sociedade
Texto: Isaías Rocha
O vereador Professor Sá Marques (Podemos) utilizou a tribuna, durante a sessão plenária desta terça-feira (12), para repudiar a agressão contra uma professora durante uma abordagem policial no bairro Cruzeiro de Santa Bárbara, na Zona Rural de São Luís, que causou comoção e ganhou destaque nacional.
“Eu quero me aliar ao pronunciamento feito nesta Casa pelo colega Aldir Júnior repudiando os atos de violência de um policial militar contra uma professora, no bairro Cruzeiro de Santa Bárbara. Eu falo isso até envergonhado, por ser um policial civil aposentado. Fiquei muito triste, como policial aposentado, da agressão que uma professora, colega e amiga nossa, sofreu de um policial. Uma agressão física desnecessária”, frisou.
Pedido de cautela
O parlamentar, que também é professor e policial civil aposentado, frisou que a força de segurança é uma espécie de para-choque e blindagem da sociedade. Segundo ele, é preciso cautela para usar a autoridade que o Estado dá, por meio da carteira e do porte de arma.
“O policial tem uma carteira que permite uso de arma de fogo. Como agente aposentado, eu também tenho a minha. Temos que atuar quase como um super-homem, para usarmos desta autoridade que o Estado nos dá com a carteira e o porte, para que não se pode causar isso aí. Nós, policiais, somos acima de tudo, o para-choque e a blindagem da sociedade e atuamos como defensores da vida. Esse episódio lamentável acabou causando esse defenestrar da dignidade dessa professora, que sofreu um trauma que jamais será esquecido”, completou.
Ticket de alimentação
Ao concluir o pronunciamento, Sá Marques também falou que iria apresentar nesta Casa duas indicações que tratam de benefícios em favor dos policiais civis. As proposições que serão enviadas ao governador Carlos Brandão, ele pede o aumento no valor do auxílio alimentação dos agentes e reajuste salarial da categoria.
“Clamo aqui ao senhor governador, a partir de duas indicações que farei nesta Casa, para que seja feito o reajuste do ticket de alimentação dos policiais civis em atividade e, dentro da lei do reajuste salarial, que foi permitido pelo Chefe do Executivo e aprovado pela Casa Legislativa estadual para que, de acordo com o aumento da arrecadação do estado, logo seja antecipada a parcela do ano de 2016, para no máximo 2025”, disse.
“Eu tenho certeza absoluta, que o governador Brandão, que tem sido extremamente sensível à Polícia Civil do Maranhão, possa atender esse clamor desta categoria que por nove anos, ficou na letargia salarial sem qualquer tipo de reajuste. Nós ficamos nove anos sem reajuste e o governador Brandão atendeu a categoria, ouviu os policiais civis e fez aprovar na Assembleia Legislativa, um reajuste considerável. Evidentemente que, quem trabalha na saúde, educação e segurança, precisa ter os olhos cristalizados do poder público, por aquilo que representa e defende em nossa sociedade”, concluiu.