Logradouro será construído pela Agência Executiva Metropolitana
Proposta do vereador Francisco Carvalho (Avante) presta homenagem aos açorianos e sua contribuição à cultura e história maranhenses, com destaque para a passagem por São Luís. O texto consta do Projeto de Lei n.º 020/23 e propõe nomear como Praça dos Açores o logradouro que fica ao lado do Terminal de Integração da Praia Grande, no centro da cidade, e que será inaugurado pela Agência Executiva Metropolitana (Agem), órgão do Governo do Estado.
“Por justiça às relevantes contribuições dos açorianos em São Luís, nós sugerimos a nomeação desta praça pública, que fica ao lado do terminal da Praia Grande, de Praça dos Açores. Temos outros espaços, ruas e avenidas que fazem referência a outros povos que muito contribuíram para nosso Maranhão e nossa São Luís. A exemplo, as avenidas dos Africanos, Portugueses, Franceses e Holandeses, além de vários outros monumentos com nomes de personalidades e países, que prestaram relevantes serviços à capital”, frisou Francisco Carvalho.
No histórico que marca a passagem dos açorianos no estado, em 1648 e 1649, alguns casais das ilhas de Santa Maria e de São Miguel foram conduzidos à capitania do Maranhão. Em 23 de abril de 1649, pelo menos 365 indivíduos partiram destes locais para o Maranhão, onde teriam chegado em agosto do ano seguinte.
Um exemplo que dá suporte ao projeto de lei é Bartolomeu Lemos, um dos açorianos que ganhou destaque em São Luís. Acumulou fortuna, formada por terras, casas, engenhos de açúcar, gado e dinheiro e ainda de atividades comerciais que mantinha, inclusivamente com a ilha Terceira, para onde enviava essencialmente açúcar.
“Ele estava perfeitamente integrado à sociedade de São Luís, tendo sido membro de várias irmandades, destacando-se, por exemplo, a Santa Casa da Misericórdia, da qual foi provedor e que hoje é uma das unidades de saúde que atendem nossa população. Portanto, entendo que há uma vasta contribuição deste povo para nosso cotidiano e forma de vida, que cabe a referência a praça”, concluiu Francisco Carvalho.