De acordo com a iniciativa, a tribuna do plenário da Câmara seria batizada com o nome da homenageada
A professora, advogada, servidora da Justiça Federal do Maranhão, deputada estadual e presidente da União de Vereadores do Brasil, Lia Rocha Varella, receberá homenagem pela sua trajetória pessoal e política no estado.
Projeto da vereadora Silvana Noely (PTB) propõe que a tribuna do plenário da Câmara Municipal de São Luís seja batizada com o nome da maranhense. A estrutura passaria a ser denominada ‘Tribuna Vereadora Lia Varella’, com placa destacando o nome, a foto e biografia da homenageada.
Silvana Noely pontuou a razão da referência. “É uma justa e merecida homenagem à memória da ilustre e saudosa vereadora Lia Rocha Varella, tendo em vista sua trajetória política e representatividade, principalmente por ser símbolo de conquista da igualdade, não só por ser do sexo feminino, mas também por ser mulher negra. Muito mais que pioneira na ocupação das chefias dos poderes legislativo e executivo ludovicense, ela é exemplo para desconstrução das amarras históricas impostas pelo sistema patriarcal”, justificou.
“Ela foi uma mulher de conduta exemplar, representante dos maranhenses, cujo mandato foi exercido com sabedoria, autonomia e inteligência, estando à frente do seu tempo”, completou a parlamentar.
Lia Rocha Varella foi eleita por três vezes consecutivas presidente da Câmara Municipal de São Luís exercendo nessa condição o cargo de prefeita interina da capital maranhense. Foi a primeira mulher a ocupar uma prefeitura de capital no Brasil.
Reconhecida pela sua atuação na consolidação da democracia, igualdade e respeito, seu legado inspirador serve de exemplo para muitas mulheres, em especial, as afrodescendentes.
“Por tudo isso, é necessário que a trajetória política de Lia Varella seja lembrada todos os dias. Até hoje, as mulheres têm dificuldades de ocupar cargos de poder, de serem eleitas e terem voz ativa nas decisões políticas. Portanto, essa homenagem servirá de inspiração para construção de uma sociedade mais justa, igualitária e com maior representatividade. Mais que uma singela homenagem, o que se busca com essa denominação é consciência coletiva de que as mulheres podem e devem ocupar espaços historicamente predominados pelos homens”, pontuou Silvana Noely. A proposta tramita na Comissão de Justiça da casa legislativa.