A proposta é sensibilizar a população sobre este ato e somar na implementação de ações em apoio aos adotantes
Texto: Ascom
A vereadora Rosana da Saúde (Republicanos) apresentou projeto de lei de impacto social, com foco na adoção. O PL proposta, apresentada na Câmara Municipal de São Luís, trata da criação da Campanha de Incentivo à Adoção Tardia. A iniciativa tem como objetivo estimular este ato na garantia de um lar e de uma família, às crianças e jovens em idades mais avançadas.
Rosana da Saúde, reconhecida por sua dedicação às causas sociais e à saúde pública, destacou o empenho pessoal nesta proposta legislativa. Ela enfatizou a importância de garantir que todas as crianças tenham acesso a um ambiente familiar estável, independentemente da idade em que são adotadas.
O projeto de lei, que atualmente tramita na Comissão de Justiça e Assistência Social da Câmara Municipal, propõe sensibilizar a população sobre a adoção tardia e contribuir na implementação medidas concretas de apoio às famílias interessadas em adotar crianças mais velhas. Entre as iniciativas da campanha estão, ações educativas e apoio para mediação de acesso à suporte psicológico e jurídico às famílias adotivas.
“A adoção tardia é uma realidade que impacta diretamente a vida de crianças e adolescentes que, por várias razões, não conseguiram ser adotados durante a infância. Esta proposta vem contribuir para estimular estas adoções e proporcionar uma nova chance de vida para estas crianças e jovens”, reforça a vereadora.
Ela ressalta que a Câmara Municipal deve ser mais um espaço para o debate e a implementação de políticas públicas com foco no bem-estar destas crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. “Com isso, a Câmara cumpre seu papel na construção de uma cidade mais justa e acolhedora para todos os seus cidadãos”, disse.
No Brasil, tramitam mais de cinco mil processos de adoção, atualmente. Mais de 300 deles envolvem grupos de irmãos adotados por uma mesma família. Apenas 73 envolvem adolescentes acima de 16 anos. E menos de 15% são de crianças negras. “É importante a construção de políticas públicas nesse sentido, para incentivar o processo de adoção tardia. É necessário sensibilizar as famílias para que se abram à possibilidade da adoção tardia, a fim de prover convivência familiar às crianças e adolescentes com menor chance de serem adotados”, destaca Rosana da Saúde.
Ato de amor
Adoção tardia é o termo utilizado para indicar a adoção de crianças que já possuem um desenvolvimento parcial em relação a sua autonomia e interação com o mundo. Não há uma idade mínima formal para designar a adoção tardia: em geral refere-se a crianças maiores de três anos. São as crianças adotadas na fase de desenvolvimento em que já conseguem se comunicar sozinhas, já sabem andar, não usam mais fraldas, ou seja, não são mais consideradas bebês.
“Os especialistas não gostam desse termo e preferem falar de adoção de crianças maiores ou adoções necessárias, justificando que nunca é tarde para adotar. E acredito que é assim que devemos entender. Nunca é tarde para acolher uma criança, um jovem que precise de um lar, de uma família e de amor”, enfatiza. Também é considerada como adoção tardia, se é adoção de irmãos ou quando o adotado tem deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de saúde.