Entidade acolhe pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis
A Casa de Apoio Acolher, localizada no bairro Jordoa, tem realizado o acolhimento de pessoas com HIV, AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). No espaço são atendidas pacientes da capital e também, de municípios do interior maranhense. A entidade desenvolve uma série de políticas públicas voltadas a este segmento, e que precisam ser intensificadas. Nesse sentido, a vereadora Silvana Noely (Mais Brasil) apresentou, em sessão da Câmara Municipal de São Luís, proposta para realização da Audiência Pública para tratar do tema.
A Casa de Apoio Acolher é uma instituição mantida com as contribuições de voluntários e de doações. A entidade garante ao público atendido estadia, alimentação, acompanhamento psicológico e jurídico, roupas, kits de higiene, além de realizar oficinas terapêuticas, entre outros serviços que também alcançam os acompanhantes dos pacientes.
“Esta instituição desenvolve um importante trabalho de acolhimento e apoio a estas pessoas que muito precisam. É uma casa que conta com o voluntariado de pessoas que se sensibilizam com o trabalho realizado. Os custos das atividades são altíssimos e para se manter, a casa necessita de ajuda. Ao propormos a audiência pública, queremos que sejam de conhecimento público as demandas e do debate tenhamos possíveis soluções para as dificuldades enfrentadas no cotidiano da Casa de Apoio Acolher e contamos com o apoio dos nossos colegas parlamentares”, pontuou a vereadora Silvana Noely.
Para a audiência devem ser convidados representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semus); das secretarias estaduais de saúde (SES) e Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop); da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão; da Procuradoria-Geral de Justiça; Defensoria-Geral do Estado; do Conselho Diretor Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH); e do idealizador do projeto Casa de Apoio Acolher, Paulo Ribeiro.
Estatística
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos que são sexualmente transmissíveis, dentre elas a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e C, podendo, dependendo da doença, evoluir para graves complicações.
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021, apontou que cerca de 1 milhão de pessoas afirmaram ter tido diagnóstico médico de ISTs, ao longo de 12 meses, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos ou mais. Entre os indivíduos, apenas 22,8% (26,6 milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações sexuais; 17,1% disseram usar às vezes; e 59%, em nenhuma ocasião.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são contabilizados no mundo mais de 1 milhão de casos de ISTs curáveis, entre pessoas de 15 a 49 anos. Essas doenças estão em alta no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. As que não são de notificação obrigatória, como gonorreia e HPV, também estão crescendo no país.